O que é Blockchain? Aprenda tudo sobre essa tecnologia.

O que é Blockchain Aprenda tudo sobre essa tecnologia.

Em uma tradução para o português, o termo “Blockchain” pode ser descrito como uma “cadeia de blocos”. Essa série de blocos de informações contém registros de transações da rede Bitcoin e é caracterizada por ser inalterável e completamente visível. Explore detalhadamente essa inovação que possibilitou a emergência de criptomoedas como o Bitcoin.

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A Blockchain representa uma das mais significativas conquistas tecnológicas e inovações recentes. Muitos especialistas a consideram a resposta mais acertada à pergunta “o que é Blockchain”.

Contudo, há indivíduos que ainda não absorveram esse conceito, o qual ganhou proeminência principalmente à medida que as criptomoedas se expandiram de forma exponencial.

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Com o intuito de esclarecer esse tema de maneira acessível e direta, este conteúdo se propõe a explicar o que é a Blockchain, como opera essa tecnologia e quais são as principais implementações de Blockchains atualmente em uso. Acompanhe conosco:

         

O que é Blockchain?

O termo “Blockchain” pode ser traduzido como “corrente de blocos”. De maneira simplificada, esta é uma tecnologia que reúne um conjunto de informações interconectadas por meio de técnicas de criptografia. Dessa forma, transações financeiras e outras operações podem ser realizadas com segurança.

A relevância da Blockchain reside na sua capacidade de assegurar que nenhuma atividade fraudulenta seja perpetrada, assegurando a rastreabilidade de cada unidade de moeda desde o instante de sua criação. A funcionalidade da Blockchain se assemelha a um extenso livro de registros públicos, no qual todas as transações são prontamente e seguramente registradas.

 

 

A inovação fundamental da Blockchain foi armazenar os dados em sequência, dispensando a necessidade de uma entidade central para coordenar o processo. Os próprios utilizadores da rede têm a capacidade de verificar, de maneira descomplicada e praticamente sem custo, se as regras estão sendo obedecidas.

Ao contrário de redes de caráter privado, a Blockchain viabiliza o compartilhamento de dados por todos os participantes, sem a exigência de autorização. Os incentivos da rede foram concebidos para demandar um consumo elevado de recursos por parte de atacantes, ao mesmo tempo em que minimizam o esforço necessário dos utilizadores para proteger a rede e validar transações.

 

Como surgiu a Blockchain?

Essa concepção não surgiu do nada; grupos de criptoanarquistas têm buscado criar uma moeda digital com certo grau de privacidade e segurança há mais de trinta anos. Em outubro de 2008, alguém desconhecido, usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto, lançou um artigo sobre o Bitcoin, que ele chamou de “um novo sistema de dinheiro eletrônico”.

 

 

Um dos aspectos mais cruciais para qualquer moeda é assegurar que ela não possa ser falsificada ou copiada, um problema conhecido como gasto duplo. Esse desafio foi tão complexo de resolver que, apesar dos avanços na computação, todos os meios de pagamento continuaram a depender de um sistema centralizado.

Empresas como PayPal, WePay, MercadoPago, PagSeguro e outras processadoras de pagamento confiam em uma entidade para controlar os saldos de cada conta. Não há nada intrinsecamente errado nesse processo, que é simples e eficaz. No entanto, o problema é que ele depende da confiança em terceiros, mesmo que esses terceiros sejam grandes empresas, bancos ou governos.

 

Como funciona a Blockchain?

A Blockchain organiza blocos de informações em uma sequência encadeada, originalmente chamada de Timechain, ou “cadeia temporal”. Ela desempenha um papel crucial em evitar a fraude nas transações, já que os saldos associados a cada endereço dependem das transações anteriores.

Diferentemente de uma conta bancária, em que um banco de dados armazena os saldos e pode até eliminar o histórico mais antigo, a Blockchain registra exclusivamente as transações. Para calcular um saldo, é necessário percorrer todo o histórico da rede, acompanhando as transações desde a emissão original de cada unidade de moeda.

A vantagem notável é que esse processo de validação ocorre rapidamente, consome quantidades mínimas de energia e fica registrado em todos os usuários que executam o software da rede Bitcoin. Há até sites que oferecem gratuitamente o serviço de consulta desse registro.

A cada aproximadamente 10 minutos, um novo bloco é criado, e a competição para minerar o próximo começa assim que uma solução válida para o bloco anterior é encontrada. Os nós, que são os usuários comuns da rede Bitcoin, verificam essa solução (hash) apresentada pelos mineradores.

Em resumo, os mineradores descobrem a solução (hash) que conecta o novo bloco ao anterior, porém são os usuários regulares da rede que validam essa solução, ao mesmo tempo em que determinam qual sequência de blocos é a mais longa e, portanto, a mais apropriada para seguir.

 

Explicação dos blocos

Para começar, vamos analisar mais minuciosamente o conteúdo exato desses blocos na Blockchain:

  1. Data e hora: Indicam o momento em que o bloco foi minerado, estabelecendo uma sequência cronológica para a leitura dos dados.
  2. Quantidade transacionada: No contexto do Bitcoin, esse valor é expresso em bitcoins; na Blockchain do Ethereum, é em Ether (ETH), e assim por diante, dependendo da moeda em questão.
  3. Elementos da transação: Em lugar de utilizar informações pessoais como nomes ou CPFs, são empregados endereços digitais de origem e destino para cada quantia transacionada.
  4. Hashes únicas: Identificam cada transação de maneira singular; também são conhecidas como identificador de transação (transaction ID ou TXID).

Uma vez que cada bloco incorpora a hash do bloco anterior, qualquer tentativa de adulterar uma transação simples provocaria um efeito cascata em toda a cadeia a partir desse ponto.

Gostaria de experimentar isso na prática? Convido você a visitar um gerador de senhas e realizar uma pequena alteração em uma frase, trocando apenas uma letra ou número, para entender como isso afeta o resultado.

 

Uso da Blockchain para criptomoedas

Proteger um banco de dados requer um dispêndio de energia, ao menos no modelo Prova de Trabalho (Proof of Work) utilizado pelo Bitcoin e as principais criptomoedas. Por este motivo, torna-se necessário algum incentivo para que estes mineradores sigam buscando a solução que interliga novos blocos à rede. Estes mineradores poderiam muito bem ser pagos em moeda fiduciária, porém seu incentivo para manter a rede funcionando seria menor. Uma das invenções de Satoshi Nakamoto foi o mecanismo de remuneração por meio da emissão de novas moedas. Além das taxas de transação pagas pelos usuários, cada bloco encontrado recebia uma premiação de 50 Bitcoins. Desta forma há um alinhamento perfeito, pois os próprios mineradores têm incentivos em investir em equipamentos, aumentando a proteção da rede, agregando mais valor, tornando o próprio Bitcoin um ativo mais seguro.

 

Segurança da Blockchain

A função empregada pelo Bitcoin é a SHA-256, desenvolvida pela NSA – a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Essa função é tão intrincada que, na realidade, mesmo com a colaboração de supercomputadores contemporâneos, seriam necessários mais de 2.000 anos para decifrá-la.

Contrariamente ao que se possa supor, as mineradoras, que são dispositivos com processadores especialmente concebidos para executar esse algoritmo, operam por meio de tentativa e erro. Milhões de soluções (hashes) são testadas até que, eventualmente, uma solução correta seja encontrada por um sortudo.

Embora nos estágios iniciais da rede fosse viável realizar mineração com um simples notebook, a competição por novos Bitcoins e pelas taxas de transação tem crescido ao longo do tempo. Por isso, hoje em dia, essa abordagem não é mais viável; é necessário possuir um computador equipado com uma placa de vídeo para efetuar a mineração.

 

Características da tecnologia Blockchain

A Blockchain foi concebida com o propósito de abordar a questão do gasto duplo ao empregar um banco de dados descentralizado e de fácil verificação. Dentro dessa estrutura, três princípios fundamentais subsistem, independentemente da criptomoeda em questão.

 

Descentralização

Um dos princípios centrais da Blockchain é a ausência de uma entidade central ou grupo que tenha autoridade para desfazer transações ou modificar regras de consenso sem o consentimento dos usuários. Embora seja tecnicamente viável conduzir ataques, a natureza descentralizada da Blockchain possibilita a bifurcação da rede, rejeitando a sequência indesejada de blocos de acordo com o consenso.

 

Transparência e livre acesso

Nas redes de blockchain abertas, empregadas por criptomoedas, é viável realizar auditorias em tempo real de todas as transações, bem como verificar a quantidade total emitida. Esse procedimento é descomplicado e não acarreta custos significativos, permitindo a utilização de um nó próprio (node) ou a confiança em terceiros por meio de exploradores de blocos (block explorers) acessíveis na internet.

 

Imutabilidade

Uma vez que uma transação é incorporada ao bloco cuja solução foi descoberta por um minerador e validada pelos usuários por meio de seus nós (nodes), não é possível reverter o processo. Quanto maior for o número de confirmações de uma transação, mais dispendioso seria para alguém criar uma cadeia de blocos concorrente com o intuito de anular essa transação.

 

Como funcionam as transações na Blockchain

Embora possa parecer intricado, dado o envolvimento de diversos intervenientes no processo, essas etapas são imprescindíveis para garantir que todos os membros da rede compartilhem a mesma versão dos dados.

  1. O usuário solicita a inclusão da transação no bloco.
  2. A transação é transmitida pela rede e aguarda confirmação.
  3. Um minerador incorpora as transações e encontra a solução para o bloco.
  4. O hash é validado pelos usuários e o bloco é adicionado.
  5. A nova Blockchain, que é mais extensa, se torna o padrão aceito pela rede.

 

Vantagens da tecnologia Blockchain

A Blockchain é um tipo de banco de dados que opera de forma mais lenta e exige a coordenação de todos os participantes para estabelecer regras de validação, tornando-a assim não uma solução mágica para resolver questões de conflito no armazenamento de dados.

No entanto, quando tratamos de ativos digitais que podem alcançar valores de bilhões ou trilhões de dólares, não existe um método mais eficaz para alcançar um consenso em tempo real. A Blockchain possibilita que todos os envolvidos tenham incentivos adequados para continuar a proteger a rede.

A descentralização não é um objetivo em si, mas sim uma estratégia que visa a dificultar ao máximo a capacidade de entidades ou grupos exercerem censura ou mesmo reverter transações sem obter um consenso significativo da vasta maioria dos usuários comuns.

 

Blockchain e Web 3.0

A Web 3.0 representa um conjunto inovador de ferramentas, tecnologias e serviços que estão remodelando a internet em um ambiente cada vez mais centrado no usuário, devolvendo às pessoas o controle sobre seus próprios dados. E essas mudanças não estariam se concretizando sem a contribuição da Blockchain.

A Blockchain desempenha um papel essencial como base para a construção da Web 3.0, uma nova fase da internet que se caracteriza por ser mais descentralizada, aberta e transparente para os usuários.

Através dos contratos inteligentes (smart contracts), que são executados automaticamente na Blockchain, são desenvolvidos os aplicativos descentralizados da Web 3.0, abrangendo diversas finalidades como finanças descentralizadas (DeFi), metaversos, jogos e soluções práticas para empresas e negócios.

 

Principais Blockchains para conhecer

As criptomoedas mais reconhecidas, como Ethereum, Litecoin, Bitcoin Cash e Monero, adotam Blockchains bastante similares à do Bitcoin.

Contudo, observa-se o surgimento de ideias intrigantes que exploram estruturas distintas, seja no tocante à mineração por Prova de Trabalho (Proof of Work) ou na forma como os dados são armazenados e verificados.

Na atualidade, já é possível encontrar uma série de Blockchains no cenário das criptomoedas, cada qual com seus objetivos de desenvolvimento e aplicações particulares.

Efetivamente, várias empresas estão explorando o potencial da tecnologia Blockchain para registrar e transferir ativos do mundo real, fazendo uso de oráculos. Esses oráculos atuam como intermediários, transmitindo informações entre o ambiente físico e o banco de dados descentralizado.

Além de compreender o conceito de Blockchain, é fundamental perceber que essa tecnologia está em contínuo aprimoramento. Embora o Bitcoin seja a criptomoeda com maior capitalização de mercado e seja amplamente reconhecida, existem competidores sérios que buscam diferentes características e funcionalidades.

A evolução da tecnologia Blockchain e a diversificação das criptomoedas e projetos que a utilizam são evidências do dinamismo e das possibilidades em constante expansão nesse ecossistema.

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